Drug and Alcohol Dependence
Volume 178, 1 Setembro 2017, Páginas 87-93
Destaques
- Ratos exigem heroína foi mais elástica do que sua demanda por sacarina.
- O valor essencial da heroína previu a escolha subsequente de heroína em detrimento da sacarina.
- O valor essencial da sacarina não estava relacionado à preferência.
- O aumento do acesso à heroína tornou a demanda por heroína e sacarina menos elástica.
- A exposição semelhante à sacarina não alterou a elasticidade da demanda desses reforçadores.
Sumário
Contexto
Diversos estudos recentes investigaram a escolha entre heroína e um reforçador alternativo não farmacológico em ratos. Um achado comum nesses estudos é que existem grandes diferenças individuais de preferência, com alguns ratos preferindo heroína e alguns preferindo a alternativa não-medicamentosa. O objetivo principal do presente estudo foi determinar se as diferenças individuais em como a heroína ou a sacarina são avaliadas, com base na análise da demanda, prediz a escolha.
Métodos
Os ratos pressionados por alavanca para infusões de heroína e reforços de sacarina em horários de taxa fixa. O valor essencial de cada reforçador foi obtido a partir das curvas de demanda resultantes. Os ratos foram então treinados em um procedimento de escolha mutuamente exclusivo, em que pressionar uma alavanca resultava em heroína e pressionar outra resultou em sacarina. Após sete sessões de maior acesso a heroína ou sacarina, os ratos foram reaproveitados aos procedimentos de demanda e escolha.
Resultados
A demanda por heroína foi mais elástica do que a demanda por sacarina (isto é, a heroína teve um valor essencial menor que a sacarina). Quando permitido escolher, a maioria dos ratos preferia a sacarina. O valor essencial da heroína, mas não da sacarina, predisse a preferência. O valor essencial da heroína e da sacarina aumentou após uma semana de aumento do acesso à heroína, mas a exposição semelhante à sacarina não teve efeito sobre o valor essencial. A preferência não foi alterada após o aumento do acesso a um reforçador.
Conclusão
Ratos preferindo heroína diferiram dos ratos preferindo a sacarina em como eles valorizavam a heroína, mas não a sacarina. Na medida em que a escolha modela o comportamento relacionado ao vício, esses resultados sugerem que a supervalorização dos opioides especificamente, em vez da desvalorização de alternativas não-medicamentosas, poderia identificar indivíduos suscetíveis.