Correlatos psicológicos e neurobiológicos da dependência alimentar (2016)

Int Rev Neurobiol. 2016;129:85-110. doi: 10.1016/bs.irn.2016.06.003.

Kalon E1, Hong JY2, Tobin C3, Schulte T4.

Sumário

A dependência alimentar (AF) é vagamente definida como comportamento alimentar hedônico envolvendo o consumo de alimentos altamente palatáveis ​​(ou seja, alimentos ricos em sal, gordura e açúcar) em quantidades além das necessidades de energia homeostática. A FA compartilha alguma sintomatologia comum com outros transtornos alimentares patológicos, como a compulsão alimentar. As teorias atuais sugerem que a FA compartilha semelhanças comportamentais e correlações neurais sobrepostas a outras dependências de substâncias. Embora preliminares, estudos de neuroimagem em resposta a sinais alimentares e ao consumo de alimentos altamente palatáveis ​​em indivíduos com FA comparados a controles saudáveis ​​mostraram padrões de ativação e conectividade diferentes em circuitos de recompensa cerebral incluindo regiões como o corpo estriado, amígdala, córtex orbitofrontal, ínsula, e núcleo accumbens. Efeitos adicionais foram observados no hipotálamo, uma área do cérebro responsável por regular os comportamentos alimentares e as redes de saciedade periférica. A AF é altamente impactada pela impulsividade e humor. O estresse crônico pode afetar negativamente o funcionamento do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, influenciando o comportamento alimentar e aumentando a conveniência de alimentos altamente palatáveis. O trabalho futuro exigirá definir claramente FA como um diagnóstico distinto de outros transtornos alimentares.

PALAVRAS-CHAVE: Comportamento aditivo; Conectividade; Comendo vício; Dependência alimentar; Dicas de comida; Circuito de recompensa; fMRI

PMID: 27503449

DOI: 10.1016 / bs.irn.2016.06.003