The Neurobiology of "Food Addiction" and its Implications for Obesity Treatment and Policy (2016)

2016 Jul 17; 36: 105-28. doi: 10.1146 / annurev-nutr-071715-050909. 

Carter A1,2, Hendrikse J1, Lee N3, Yücel M1, Verdejo-Garcia A1, Andrews Z4, Hall W2,5.

Sumário

Há uma visão crescente de que certos alimentos, particularmente aqueles ricos em açúcares refinados e gorduras, são viciantes e que algumas formas de obesidade podem ser tratadas como um vício alimentar. Essa perspectiva é apoiada por um crescente corpo de pesquisas neurocientíficas, demonstrando que o consumo crônico de alimentos com alta densidade energética causa mudanças na via de recompensa do cérebro que são centrais para o desenvolvimento e manutenção do vício em drogas. Indivíduos obesos e com sobrepeso também apresentam padrões de comportamento alimentar que se assemelham à forma como os dependentes químicos consomem drogas. Nós revisamos criticamente as evidências de que algumas formas de obesidade ou alimentação excessiva podem ser consideradas um vício em comida e argumentamos que o uso de vício em comida como uma categoria diagnóstica é prematuro. Também examinamos algumas das potenciais implicações clínicas, sociais e de políticas públicas positivas e negativas da descrição da obesidade como um vício em comida que requer mais investigação.

PALAVRAS-CHAVE: dependência alimentar; neurociência; obesidade; política; estigma; tratamento