Prevalência do vício em internet em estudantes de medicina: uma meta-análise (2017)

Psiquiatria Acad. 2017 Aug 28. doi: 10.1007 / s40596-017-0794-1.

Zhang MWB1,2, Lim RBC3, Lee C4, Ho RCM3.

Sumário

OBJETIVO:

Com o desenvolvimento da aprendizagem on-line, comunicação e entretenimento, a Internet tornou-se uma ferramenta indispensável para estudantes universitários. O vício em internet (IA) surgiu como um problema de saúde e a prevalência de IA varia de país para país. Até o momento, a prevalência global de AI em estudantes de medicina permanece desconhecida. O objetivo desta meta-análise foi estabelecer estimativas precisas da prevalência de IA entre estudantes de medicina em diferentes países.

MÉTODOS:

A prevalência combinada de IA entre estudantes de medicina foi determinada pelo modelo de efeitos aleatórios. Meta-regressão e análise de subgrupo foram realizadas para identificar os fatores potenciais que poderiam contribuir para a heterogeneidade.

RESULTADOS:

A prevalência combinada de IA entre 3651 estudantes de medicina é de 30.1% (intervalo de confiança de 95% (IC) 28.5-31.8%, Z = -20.66, df = 9, τ 2 = 0.90) com heterogeneidade significativa (I 2 = 98.12). A análise de subgrupo mostra que a prevalência combinada de IA diagnosticada pela Escala de Vício em Internet de Chen (CIAS) (5.2, IC 95% 3.4-8.0%) é significativamente menor do que o Teste de Vício em Internet de Young (YIAT) (32.2, IC 95% 20.9-45.9% ) (p <0.0001). As análises de meta-regressão mostram que a idade média dos estudantes de medicina, a proporção de gênero e a gravidade da IA ​​não são moderadores significativos.

CONCLUSÕES:

Em conclusão, esta meta-análise identificou que a prevalência combinada de IA entre estudantes de medicina é aproximadamente cinco vezes maior que a da população geral. A idade, o sexo e a gravidade da IA ​​não foram responsáveis ​​pela alta heterogeneidade na prevalência, mas o questionário de avaliação da IA ​​foi uma fonte potencial de heterogeneidade. Dada a alta prevalência de IA, os professores de medicina e administradores de escolas médicas devem identificar estudantes de medicina que sofrem de IA e encaminhá-los para intervenção.

PALAVRAS-CHAVE:

Vício em internet; Estudantes de medicina; Meta-análise; Prevalência, uso problemático da Internet

PMID: 28849574

DOI: 10.1007/s40596-017-0794-1