To Each Stress Sua Própria Tela: Um Levantamento Transversal Dos Padrões De Stress E Vários Usos De Tela Em Relação à Toxicodependência Auto-Admitida (2019)

J Med Internet Res. 2019 Apr 2; 21 (4): e11485. doi: 10.2196 / 11485.

Khalili-Mahani N1,2, Smyrnova A3, Kakinami L3.

Sumário

TEMA:

A relação entre estresse e dependência de tela é frequentemente estudada explorando um único aspecto do comportamento relacionado à tela em termos de dependência desadaptativa ou os riscos associados ao conteúdo. Geralmente, pouca atenção é dada ao padrão de uso de telas diferentes para diferentes tipos de estressores, e as variações decorrentes da percepção subjetiva de estresse e vício em telas são frequentemente negligenciadas. Dado que o vício e o estresse são fatores complexos e multidimensionais, realizamos uma análise multivariada da ligação entre as percepções subjetivas do indivíduo sobre o vício em tela, vários tipos de estresse e o padrão de uso da tela.

OBJETIVO:

Utilizando o arcabouço de repertórios de mídia para estudar padrões de uso, exploramos (1) a relação entre avaliações subjetivas e quantitativas de estresse e dependência de tela; e (2) diferenças nos tipos de estresse em relação à dependência subjetiva de tela e diferentes tipos de necessidades de telas. Nossa hipótese é que a heterogeneidade interindividual no comportamento relacionado à tela refletiria diferenças de enfrentamento ao lidar com diferentes estressores.

MÉTODOS:

Uma pesquisa multifatorial baseada na Web foi realizada para coletar dados sobre comportamentos relacionados à tela (como tempo de tela, vício em internet e saliência de diferentes tipos de telas e atividades relacionadas) e diferentes fontes de estresse (estados emocionais, riscos perceptivos, saúde problemas e satisfação geral do domínio da vida). Foram realizadas comparações de grupo com base no fato de os participantes terem se declarado viciados em internet e jogos (A1) ou não (A0), e se eles sofreram um grande estresse de vida (S1) ou não (S0).

RESULTADOS:

Respostas completas foram obtidas em 459 de 654 respondentes da pesquisa, com a maioria no grupo S1A0 (44.6%, 205/459), seguido por S0A0 (25.9%, 119/459), S1A1 (19.8%, 91/459), e S0A1 (9.5%, 44/459). O grupo S1A1 foi significativamente diferente de S0A0 em todos os tipos de estresse, uso excessivo da Internet e tempo de tela (P <001). Os grupos não diferiam em telas de avaliação importantes para serviço de mensagens curtas (SMS) ou e-mail, pesquisa de informações, compras e acompanhamento de notícias, mas a grande maioria de A1 dependia de telas para entretenimento (χ23= 20.5; P <001), jogos (χ23= 35.6; P <001) e rede social (χ23= 26.5; P <001). Aqueles que dependiam de telas para entretenimento e redes sociais tiveram até 19% mais estresse emocional e até 14% mais estresse perceptivo. Em contraste, aqueles que dependiam de telas para trabalho e networking profissional tiveram níveis de satisfação com a vida até 10% mais altos. Modelos de regressão incluindo idade, sexo e 4 tipos de estresse explicaram menos de 30% da variação no uso da Internet e menos de 24% da probabilidade de ser viciado em tela.

CONCLUSÕES:

Mostramos uma ligação robusta, mas heterogênea, entre dependência de tela e estressores emocionais e de percepção que mudam o padrão de uso da tela para entretenimento e redes sociais. Nossas descobertas sublinham o potencial de usar aplicativos lúdicos e interativos para intervenção contra o estresse.

PALAVRAS-CHAVE: comportamento viciante; comunicações; comportamento de enfrentamento; eSaúde; jogos de internet; estresse psicológico; rede social; telemedicina

PMID: 30938685

DOI: 10.2196/11485