Taxas de prevalência de agressores sexuais masculinos e femininos em uma amostra nacional de adolescentes (2013)

Michele L. Ybarra, MPH1; Kimberly J. Mitchell, PhD2

JAMA Pediatr. Publicado on-line em outubro 07, 2013. doi: 10.1001 / jamapediatrics.2013.2629

RESUMO

Importância  A violência sexual pode surgir na adolescência, mas pouco se sabe sobre os jovens autores - especialmente aqueles que não estão envolvidos com o sistema de justiça criminal.

Objetivo  Relatar as estimativas nacionais de perpetração de violência sexual de adolescentes e detalhes da experiência do agressor.

Design, configuração e participantes  Os dados foram coletados on-line em 2010 (onda 4) e 2011 (onda 5) no estudo nacional Growing Up With Media. Os participantes incluíram jovens da 1058 com idades entre 14 e 21 anos que na linha de base lia inglês, morava na casa pelo menos 50% do tempo e usava a Internet nos últimos meses 6. O recrutamento foi equilibrado no sexo e na idade biológica dos jovens.

Principais Resultados e Medidas  Contato sexual forçado, sexo coercitivo, tentativa de estupro e estupro.

Resultados  

Quase 1 em jovens 10 (9%) relatou algum tipo de perpetração de violência sexual em sua vida; 4% (mulheres 10 e machos 39) relataram tentativa ou estupro. Dezesseis anos de idade foi a idade da primeira perpetração sexual (n = 18 [40%]). Perpetradores relataram maior exposição a conteúdo pornográfico violento. Quase todos os perpetradores (98%) que relataram idade na primeira perpetração com 15 anos ou menos eram do sexo masculino, com resultados semelhantes mas atenuados entre aqueles que começaram com idades de 16 ou 17 (90%).

Não é até as idades 18 ou 19 que os machos (52%) e as fêmeas (48%) são relativamente igualmente representados como perpetradores. Talvez relacionado à idade da primeira perpetração, as mulheres eram mais propensas a perpetrar vítimas mais velhas, e os homens eram mais propensos a perpetrar vítimas mais jovens. Os jovens que começaram a perpetrar mais cedo eram mais propensos do que os jovens mais velhos a ter problemas com os cuidadores; os jovens que começavam mais velhos eram mais propensos a indicar que ninguém descobriu sobre a perpetração.

Conclusões e Relevância 

A perpetração de violência sexual parece emergir mais cedo para homens do que para mulheres, talvez sugerindo diferentes trajetórias de desenvolvimento. As ligações entre a perpetração e a mídia sexual violenta são aparentes, sugerindo a necessidade de monitorar o consumo desses materiais pelos adolescentes. Vítima culpando parece ser comum, enquanto experimentando conseqüências não. Há, portanto, necessidade urgente de programas escolares que incentivem a intervenção de espectadores, bem como a implementação de políticas que possam aumentar a probabilidade de que os autores sejam identificados.